Percurso do Azulejo - Ovar
near Ovar, Aveiro (Portugal)
Viewed 220 times, downloaded 5 times
Trail photos



Itinerary description
Trilha circular a partir de Ovar, com passagem por:
- Capela Sto António (0.3 km)
- Praça da República
- Câmara Municipal de Ovar
- Capela do Passo de Verónica (de um conjunto de 7 é a única que se encontra aberta)
- Jardim dos Campos
- Casa Museu Júlio Dinis
- Capela Dos Campos (0.9 km)
- Palácio da Justiça/ Edifício do Tribunal
Na presente data existe um Parque de Estacionamento gratuito em frente à Biblioteca Municipal de Ovar - Parque de Estacionamento Nossa Senhora da Graça.
Este percurso foi realizado no âmbito da participação no Jogo "Vai Passear" que nos conduz por um passeio histórico e cultural em torno do azulejo (que é uma marca identitária da cidade), dinamizado pelos Postos de Turismo de Ovar - Posto de Atendimento Turístico do Furadouro e Posto de Atendimento Turístico do Centro Histórico de Ovar.
Esta dinâmica alia a vertente turística e cultural ao lazer e ao entretenimento. Ao comprar um azulejo (por preço simbólico), estamos não só a adquirir um souvenir, mas também uma proposta de descoberta pela cidade.
Somos convidados a descobrir o azulejo numa das fachadas da cidade de Ovar através de um mapa que identifica a área de jogo, num passeio pelas ruas da cidade - "Museu Vivo do Azulejo".
Nesta experiência, o azulejo é o elemento de atração condutor para a exploração de outros locais e patrimónios da cidade de Ovar, pelo que além do percurso aqui disponibilizado que pode e deve ser seguido pelo mapa fornecido no Posto de Turismo, no livro guia que acompanha o jogo é igualmente sugerida a visita à Igreja Matriz de Ovar, à Igreja Matriz de Esmoriz, à Igreja Matriz de Cortegaça e à Igreja Matriz de Válega - independentemente da vertente religiosa convido a pesquisarem mais informação sobre esta última e a visitarem, sendo uma das mais impressionantes Igrejas de Portugal, é uma obra-prima da arte da pintura do azulejo.
O jogo é simples, embora nem sempre seja tão fácil quanto possa parecer encontrar o azulejo, sendo um interessante desafio. A ”casa de partida” é o Posto de Turismo (que fica frente ao Palácio da Justiça/edifício do Tribunal) onde podem solicitar o mapa com o trajeto (como visitei previamente a zona do Furadouro foi no Posto do Furadouro que o levantei). Para quem quiser, pode comprar um pequeno azulejo (que nesta data custa 2,5€) e o desafio passa por encontrar esse azulejo nos imensos painéis e fachadas de edifícios que vão encontrar ao longo do passeio. São 30 os pontos de referência que se encontram identificados no mapa e com informação associada no livro guia. Ao longo do percurso além de sermos convidados a observar os padrões, as cores e a tocar nos variados relevos dos azulejos, somos igualmente convidados a observar outros artefactos cerâmicos (pinhas, vasos, telhas ornamentadas, figuras alegóricas colocadas como remate de platibandas - faixa vertical que emoldura a parte superior de um edifício e que tem a função de esconder o telhado). A "casa de chegada/fim" é o Palácio da Justiça/edifício do Tribunal com seis painéis de azulejos no exterior, um deles em representação das tradições piscatórias.
Quem não quiser adquirir o azulejo, pode simplesmente solicitar um mapa guia deste percurso, embora se perca o interesse do jogo.
Este desafio e o diálogo com a técnica do Posto de Turismo do Furadouro e ainda com um habitante da terra permitiu a aquisição de alguns conhecimentos:
- No século XIX o azulejo deixa de decorar apenas os espaços interiores mais nobres e “sai para a rua”, tonando-se no material predileto na ornamentação das fachadas dos edifícios e das casas;
- Terão sido os emigrantes portugueses do Brasil que começaram a utilizar o azulejo como meio de imitar os gostos das elites locais, de afirmar e demonstrar poder social e económico.
- As fachadas ganham vida e contam histórias, gostos, crenças, elitismos, tornando-se fontes de inspiração criativas - uma moda sem paralelo no mundo;
- Por detrás da funcionalidade do seu uso (resistência e durabilidade, reflexão da luz, fácil limpeza), há vanguardismo e ousadia;
- As famílias mais abastadas ofereciam os azulejos em sobra aos seus empregados para as suas casas pessoais, usando este ato como forma de evidenciarem algum poder sobre eles - o que resulta em casas com fachadas com misturas de padrões;
- “As Pupilas do Senhor Reitor” ou “O canto da Sereia”, de Júlio Dinis, foram inspirados durante a sua estadia na Casa dos Campos, em Ovar, atual Museu Júlio Dinis (local de passagem neste percurso em frente ao belo Jardim dos Campos onde os bancos de descanso convidam a sentar e se encontram decorados com pormenores de escrita em azulejos);
- Júlio Dinis colocava-se junto da sua janela a escutar as conversas das varinas sobre a vida alheia (de onde surge muita da sua inspiração);
- As cidades são mais do que as ruas e as casas, porque se nos permitirmos a olhá-las com atenção, elas levam-nos por viagens fabulosas no tempo.
De valorizar ainda em Ovar a Arte Piscatória, nomeadamente a Arte Xávega, a origem da designação "Varina" (ou "Ovarina" - daí a derivação), e ainda a Arte de Tanoaria. Além do delicioso Pão de Ló de Ovar!
Informação sobre o Jogo "Vai Passear": website do Município de Ovar e Livro Guia
- Capela Sto António (0.3 km)
- Praça da República
- Câmara Municipal de Ovar
- Capela do Passo de Verónica (de um conjunto de 7 é a única que se encontra aberta)
- Jardim dos Campos
- Casa Museu Júlio Dinis
- Capela Dos Campos (0.9 km)
- Palácio da Justiça/ Edifício do Tribunal
Na presente data existe um Parque de Estacionamento gratuito em frente à Biblioteca Municipal de Ovar - Parque de Estacionamento Nossa Senhora da Graça.
Este percurso foi realizado no âmbito da participação no Jogo "Vai Passear" que nos conduz por um passeio histórico e cultural em torno do azulejo (que é uma marca identitária da cidade), dinamizado pelos Postos de Turismo de Ovar - Posto de Atendimento Turístico do Furadouro e Posto de Atendimento Turístico do Centro Histórico de Ovar.
Esta dinâmica alia a vertente turística e cultural ao lazer e ao entretenimento. Ao comprar um azulejo (por preço simbólico), estamos não só a adquirir um souvenir, mas também uma proposta de descoberta pela cidade.
Somos convidados a descobrir o azulejo numa das fachadas da cidade de Ovar através de um mapa que identifica a área de jogo, num passeio pelas ruas da cidade - "Museu Vivo do Azulejo".
Nesta experiência, o azulejo é o elemento de atração condutor para a exploração de outros locais e patrimónios da cidade de Ovar, pelo que além do percurso aqui disponibilizado que pode e deve ser seguido pelo mapa fornecido no Posto de Turismo, no livro guia que acompanha o jogo é igualmente sugerida a visita à Igreja Matriz de Ovar, à Igreja Matriz de Esmoriz, à Igreja Matriz de Cortegaça e à Igreja Matriz de Válega - independentemente da vertente religiosa convido a pesquisarem mais informação sobre esta última e a visitarem, sendo uma das mais impressionantes Igrejas de Portugal, é uma obra-prima da arte da pintura do azulejo.
O jogo é simples, embora nem sempre seja tão fácil quanto possa parecer encontrar o azulejo, sendo um interessante desafio. A ”casa de partida” é o Posto de Turismo (que fica frente ao Palácio da Justiça/edifício do Tribunal) onde podem solicitar o mapa com o trajeto (como visitei previamente a zona do Furadouro foi no Posto do Furadouro que o levantei). Para quem quiser, pode comprar um pequeno azulejo (que nesta data custa 2,5€) e o desafio passa por encontrar esse azulejo nos imensos painéis e fachadas de edifícios que vão encontrar ao longo do passeio. São 30 os pontos de referência que se encontram identificados no mapa e com informação associada no livro guia. Ao longo do percurso além de sermos convidados a observar os padrões, as cores e a tocar nos variados relevos dos azulejos, somos igualmente convidados a observar outros artefactos cerâmicos (pinhas, vasos, telhas ornamentadas, figuras alegóricas colocadas como remate de platibandas - faixa vertical que emoldura a parte superior de um edifício e que tem a função de esconder o telhado). A "casa de chegada/fim" é o Palácio da Justiça/edifício do Tribunal com seis painéis de azulejos no exterior, um deles em representação das tradições piscatórias.
Quem não quiser adquirir o azulejo, pode simplesmente solicitar um mapa guia deste percurso, embora se perca o interesse do jogo.
Este desafio e o diálogo com a técnica do Posto de Turismo do Furadouro e ainda com um habitante da terra permitiu a aquisição de alguns conhecimentos:
- No século XIX o azulejo deixa de decorar apenas os espaços interiores mais nobres e “sai para a rua”, tonando-se no material predileto na ornamentação das fachadas dos edifícios e das casas;
- Terão sido os emigrantes portugueses do Brasil que começaram a utilizar o azulejo como meio de imitar os gostos das elites locais, de afirmar e demonstrar poder social e económico.
- As fachadas ganham vida e contam histórias, gostos, crenças, elitismos, tornando-se fontes de inspiração criativas - uma moda sem paralelo no mundo;
- Por detrás da funcionalidade do seu uso (resistência e durabilidade, reflexão da luz, fácil limpeza), há vanguardismo e ousadia;
- As famílias mais abastadas ofereciam os azulejos em sobra aos seus empregados para as suas casas pessoais, usando este ato como forma de evidenciarem algum poder sobre eles - o que resulta em casas com fachadas com misturas de padrões;
- “As Pupilas do Senhor Reitor” ou “O canto da Sereia”, de Júlio Dinis, foram inspirados durante a sua estadia na Casa dos Campos, em Ovar, atual Museu Júlio Dinis (local de passagem neste percurso em frente ao belo Jardim dos Campos onde os bancos de descanso convidam a sentar e se encontram decorados com pormenores de escrita em azulejos);
- Júlio Dinis colocava-se junto da sua janela a escutar as conversas das varinas sobre a vida alheia (de onde surge muita da sua inspiração);
- As cidades são mais do que as ruas e as casas, porque se nos permitirmos a olhá-las com atenção, elas levam-nos por viagens fabulosas no tempo.
De valorizar ainda em Ovar a Arte Piscatória, nomeadamente a Arte Xávega, a origem da designação "Varina" (ou "Ovarina" - daí a derivação), e ainda a Arte de Tanoaria. Além do delicioso Pão de Ló de Ovar!
Informação sobre o Jogo "Vai Passear": website do Município de Ovar e Livro Guia
Waypoints

Capela do Passo da Verónica - Praça da República
De um conjunto de 7 Capelas que simbolizam a Paixão de Cristo é a única que se encontra aberta

Capela do Passo da Verónica - Praça da República
De um conjunto de 7 Capelas que simbolizam a Paixão de Cristo é a única que se encontra aberta

Jardim dos Campos - pormenor de painel de azulejo com motivos escritos em banco
Ao longe a Casa Museu Júlio Dinis

Fachada de Casa na Rua das Pupilas com um dos azulejos encontrados neste Jogo 'Vai Passear'

Pormenor de Fachada de Casa na Rua das Pupilas com um dos azulejos encontrados neste Jogo 'Vai Passear'

Município de Ovar - identificação em frente ao Palácio da Justiça - local de fim do Jogo 'Vai Passear'
You can add a comment or review this trail
Comments